sexta-feira, 9 de maio de 2014


Questões de Teoria Econômica
Prof. José Amado

    1) As necessidades humanas constituem-se em um dos fundamentos da Economia Política. Quantas e quais são as características básicas das necessidades humanas?
    2) A Economia Política define o Bem Econômico como toda coisa útil e capaz de satisfazer uma necessidade humana. Pergunta-se: que características devem possuir um bem, para que ele seja um bem econômico?

    3) A Teoria Econômica está dividida em microeconomia e macroeconomia. Qual é o campo de estudo da microeconomia?

    4) Inúmeros são os fatores que influenciam a procura de um bem ou serviço. Para explicar essa influência a teoria econômica definiu uma função, que a chamou de Função Geral da Demanda, e que é assim apresentada:
    qi = f (pi, ps, pc, R)
    Analise e estabeleça a relação entre a quantidade procurada do bem “i” e as diferentes variáveis da função.
    5) Com base na relação determinada acima, insira o sinal correto dos coeficientes na função abaixo: 
    q = 40 5px 0,3py 0,4 pz 0,2R sabendo que o bem “y” é um bem substituto e que o bem “z” é um bem complementar e que o bem “x” é um bem inferior. Calcule a quantidade procurado do bem “x” da equação anterior sabendo que:
px = 2
py = 10
pz = 20
R = 100

    6) Determine o preço e a quantidade de equilíbrio considerando as equações de demanda e oferta abaixo:
    S = 20 + 2p D = 100 – 8p
7) Considerando a situação de equilíbrio determinada das equações acima, analise e demonstre graficamente se há excesso de oferta ou de demanda, quando o preço for $10

8) Considerando a equação de demanda abaixo:
Qd = 30 – 3p, calcular:

a) Elasticidade Preço da Procura no ponto onde p1 = 2 – por acréscimo.
b) Elasticidade Preço da Procura no ponto onde p2 = 3 – por acréscimo.
    9) A expressão latina “coeteris paribus” é usada na economia para explicar o quê?
    10) Quando se estuda a Teoria da Firma é fundamental que se distinga quando a análise está sendo desenvolvida no curto ou longo prazo. Pergunta-se: o que distingue a análise de custo e longo prazo?
    11) A análise de curto prazo está subordinada a lei dos rendimentos decrescentes ou das proporções variáveis. Explique essa lei. Se desejar pode demonstrá-la graficamente.
    12) O que diferencia a visão de custo do economista da visão de custo do contador? Na sua interpretação qual a mais precisa. Explique.
    13) Uma empresa possui uma receita média de R$ 5,00. Pergunta: qual o preço de venda do produto dessa empresa? Explique.
    14) Numa análise de longo prazo uma empresa pode estar em economia crescente, constate ou decrescente de escala. Nos painéis a baixos apresentamos, usando mapas de isoquantas, as três situações anteriormente citadas. Identifique ao lado dos painéis qual a situação da empresa.
    15) Uma agencia de turismo, no máximo de sua capacidade, vende 4.000 pacotes turísticos obtendo uma receita de venda de R$ 4.000.000,00. Para alcançar esse nível de venda a agencia incorre em custos totais médios de R$ 140,00 e custos fixo total de R$ 1.200.000,00. Determine a que nível percentual de produção a empresa alcança seu Ponto de Nivelação.
    16) Uma firma apresenta um CMg = $ 8 e um CTM = $ 6 . Pergunta-se: ela esta em custo crescentes ou decrescentes? Explique.
    17) Usando o Conceito de Custo Total Médio e de Custo Marginal explique as condições que a firma apresenta Custo Total Médio Mínimo.
    18) Explique porque a um alto nível de produção o Custo Total Médio tende a ser igual ao Custo Total Variável. Desejando pode usar a representação gráfica.
    19) Qual o valor do rendimento marginal de uma firma, quando se rendimento total é máximo. Demonstre graficamente.
    20) Quando se estuda a Teoria da Firma é fundamental que se distinga quando a análise está sendo desenvolvida no curto ou longo prazo. Pergunta-se: o que distingue a análise de custo e longo prazo?
    21) A análise de curto prazo está subordinada a lei dos rendimentos decrescentes ou das proporções variáveis. Explique essa lei. Se desejar pode demonstrá-la graficamente.
    22) O que diferencia a visão de custo do economista da visão de custo do contador? Na sua interpretação qual a mais precisa. Explique.
    23) Uma empresa possui uma receita média de R$ 5,00. Pergunta: qual o preço de venda do produto dessa empresa? Explique.
    24) Numa análise de longo prazo uma empresa pode estar em economia crescente, constate ou decrescente de escala. Nos painéis a baixos apresentamos, usando mapas de isoquantas, as três situações anteriormente citadas. Identifique ao lado dos painéis qual a situação da empresa.
    25) Uma agencia de turismo, no máximo de sua capacidade, vende 4.000 pacotes turísticos obtendo uma receita de venda de R$ 4.000.000,00. Para alcançar esse nível de venda a agencia incorre em custos totais médios de R$ 140,00 e custos fixo total de R$ 1.200.000,00. Determine a que nível percentual de produção a empresa alcança seu Ponto de Nivelação.
    26) Uma firma apresenta um CMg = $ 8 e um CTM = $ 6 . Pergunta-se: ela esta em custo crescentes ou decrescentes? Explique.
    27) Usando o Conceito de Custo Total Médio e de Custo Marginal explique as condições que a firma apresenta Custo Total Médio Mínimo.
    28) Explique porque a um alto nível de produção o Custo Total Médio tende a ser igual ao Custo Total Variável. Desejando pode usar a representação gráfica.
    29) Qual o valor do rendimento marginal de uma firma, quando se rendimento total é máximo. Demonstre graficamente.
    30) Independentemente da forma de organização econômica adotada por uma economia (centralizada do tipo planificada ou de mercado) as chamadas questões básicas da economia terão que ser respondidas. Quais são essas questões?
    31) O que diferencia uma economia centralizada do tipo planifica e uma economia de mercado?
    32) A economia está organizada em setores econômicos. Quais são esses setores? E em que setor situa-se a atividade turística?
    33) Os recursos produtivos de uma economia estão expressos em seus estoques de fatores de produção. Quais são esses fatores de produção?
    34) A teoria econômica objetivando explicar a escassez dos bens econômicos utiliza-se da chamada “Curva de Possibilidade de Produção – CPP”. Esta curva delimita as possibilidades de produção face à escassez de fatores de produção. No gráfico abaixo está demonstrado a produção efetiva de uma economia restrita à produção de “pacotes turísticos domésticos e pacotes turísticos internacionais”. Considerado que a área delimitada de produção efetiva está abaixo da curva limite evidencia que essa economia está operando abaixo de sua capacidade de produção ou com ociosidade. Pergunta: qual dos bens (pacotes domésticos ou internacionais) apresenta ociosidade e de quanto é essa ociosidade.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014



A verdadeira Natureza do Processo
José Amado
O capitalismo, como ordem econômica, incia-se com a industrialização, como a formação de capital fixo. Identifica-se a Inglaterra como o berço da industrialização e consequentemente do capitalismo. Não é difícil perceber, numa perspectiva histórica, que a industrialização, não só apresentava, em seus primórdios, uma mudança nas relações sociais prevalecentes e herdada da sociedade feudal, como impõe, até para sua própria sobrevivência, mudanças profundas na realidade social, promovendo uma verdadeira e drástica ruptura como o passado.

A sociedade pré-industrial caracterizava-se pela baixa formação de capital fixo, baixa produtividade e diversidade de bens, baixa concentração de capital e de mão-de-obra e baixa circulação de bens, isso, quando limitamos, apenas, a uma observação a ordem econômica. Mas, quando se amplia essa visão, irá se constatar grandes e profundas mudanças na ordem social e urbana, no estilo e qualidade de vida. Foram mudanças que devem ser consideradas como causa e efeito da nova ordem econômica, exigindo um novo pacto e consolidando uma nova forma de convivência social, onde se destaca e se deixa perfeitamente identificada a existência de duas classes sociais: a do capitalista - proprietário dos bens de produção e do trabalhador - aquele que vende sua força de trabalho.

Alguns autores entendem que essa nova ordem social permitiu, quando comparada as anteriores, uma maior mobilidade social. Essa é uma realidade que só se vai observar um pouco mais á frente no capitalismo moderno pois, no princípio do capitalismo o que se observa é uma exploração desumana da força de trabalho que, por sua crueldade, ensejou o surgimento do socialismo e, o avanço que hoje se observa, em termo de uma ordem mais humana na relação capital/trabalho deveu-se, por inspiração socialista, à luta da classe trabalhadora e, impõe que se destaque o papel assumido pelo Estado moderno no entendimento de que é sua responsabilidade pela ordem social e a compreensão da necessidade de regulação das forças econômicas, que se move, exclusivamente, pelo lucro, pois é ele que realimenta o sistema, promovendo o crescimento, mas concentrando riqueza que, como um efeito colateral e quando orientado pela força do Estado, pode beneficiar a sociedade, proporcionando o bem-estar social.

O desenvolvimento econômico, entendido este como crescimento com bem-estar social, decorre também da compreensão da classe trabalhadora de sua importância vital a sobrevivência da ordem econômica, portanto do capitalismo, não apenas como uma força produtiva, mas também como consumidor, sem o qual não existe o mercado, centro, origem e razão da existência do capitalismo e, se não da compreensão, ao menos do convencimento, pelo próprio instinto de sobrevivência do capitalista, de que não basta apenas garantir a reprodução da força de trabalho, para se obter uma taxa crescente de lucratividade, não teria a classe trabalhadora melhoria de suas condições de vida e não teria o capitalismo constituído-se no sistema de organização econômica que se impôs como modelo de eficiência malgrado suas crises cíclicas.

A mobilidade social que se observa hoje, não é, como destacam alguns autores, uma benesse do capitalista, mas um expurgo orgânico do sistema que, se não o tem como princípio, aceita-o como condição necessária e essencial para sua perpetuação. Observa-se que o primeiro a entender a necessidade dessa folga no eixo que gira o capitalismo foi o Estado; primeiramente, mas com muito retardo, regulamentando o trabalho, criando uma rede de proteção ao trabalhador e num segundo momento, também com um certo atraso, democratizando o ensino e aprendizado e investindo e induzindo, com benesse fiscal, o investimento em ciência e tecnologia.

Observa-se que todas essas ações têm por objetivo a manutenção e o crescimento do sistema capitalista de produção e que os benefícios à classe trabalhadora, quando ocorrem, ocorrem marginalmente, como um subproduto do crescimento econômico. Afirmar que o capitalismo democratizou o acesso à riqueza é de uma boa vontade que chega a surpreender o mais radical propagandista do sistema e de que foi superado o determinismo- nasce pobre morre pobre - absolutamente não, essa continua sendo a regra, os casos diferentes são exceções à regra. A probabilidade de alguém de origem pobre alcançar fortuna, riqueza é, ainda, muito baixa. Não é da essência do capitalismo a distribuição da riqueza, mas a concentração e, consequentemente, desigualdade social é um destino no capitalismo. Sempre haverá desigualdade social, evidentemente, num nível mais elevado em termos de qualidade de vida, em função do próprio progresso, que não é algo exclusivo da sociedade capitalista mas da sociedade de modo geral. Numa visão historicista pode se afirmar que o progresso não só antecedeu à revolução industrial, como contribuiu para que ela ocorresse na Europa que, enriquecida com a exploração das terras americanas, com razoável nível de comércio alcançado entre suas cidades e com a tradição romana do direito a propriedade, oferecia um ambiente propício ao surgimento e à manutenção do que veio a se chamar de revolução industrial.

O que se destaca, o que se observa é que essa melhoria na qualidade da vida trazida pelo progresso que, como dizia Spencer faz parte da natureza humana e engloba, abrange a sociedade de modo geral, não distinguindo classe social, beneficiando tanto o capitalista como o trabalhador. Mas isso não pode e nem deve ser entendido como um fenômeno do modelo capitalista de produção. Não obstante entender-se que a industrialização amplia, estende esse progresso, ele é latente na sociedade, não deixando de ser também, essencial para o seu fortalecimento e expansão do capitalismo. Sem melhoria na qualidade de vida, não há ampliação de mercado e, sem essa ampliação de mercado, cumpriria-se o vaticínio de Marx de que o capitalismo traz em si o próprio verme de sua destruição. Quando e onde isso não ocorre, o sistema, o modelo entra em crise, entra em depressão.

O progresso, portanto, é essencial e inerente à sustentação e à evolução do modelo capitalista de produção. Mas o progresso é hoje, também, visto pelo ecologistas como o responsável pelos grandes desastres naturais que tem sofrido a humanidade. Há alguns que chegam a defender, como os que fazem o Clube de Roma, o “crescimento zero” e que vêem no progresso impulsionado pelo crescimento industrial, como um grande mau para humanidade. A verdade é que não há produção sem que não haja algum dano ao meio-ambiente. Sendo evidente, também, que se pode produzir com responsabilidade, reduzindo ao máximo o dano ambiental. Entretanto, é ingênuo esperar que essa responsabilidade ecológica floresça, naturalmente, na consciência do capitalista. Isso não acontecerá tão facilmente, porque, a preservação ambiental representa para indústria, para empresa, elevação de custo de produção e, em se desejando manter a taxa de lucratividade, eleva-se os preços e, em elevando os preços, perde-se competitividade. Isso vale tanto para empresa, com para o pais. Logo, a responsabilidade ecológica é uma postura a ser compartilhada em igual grau e na mesma intensidade por todos os países do mundo capitalista pois, no mundo dos negócios, a competitividade é a essência e, nenhuma empresa ou pais quer perder a condição de competir.

Pelo que se destaca, o Estado, mais uma vez, como já ocorreu na relação capital/trabalho, impõe que se instrumentalize para, desta vez, mediar a relação capital/natureza, uma mediação muito mais complexa por envolver agentes soberanos e interesses mundiais. De que instrumentos necessitará o Estado para, num primeiro momento, equacionar os problemas em suas próprias fronteiras e “exigir” dos demais países medidas de ações efetivas ou compensatórias, porque, no final, passa a ser uma relação de competitividade comercial?
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- José Rodrigues Amado – Economista, ex-presidente do Conselho Regional de Economia e Prof: Universitário.



















sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Exercício Elaboração de Projeto

Exercício II
Elaboração e Análise de Projeto
Prof: José Rodrigues Amado

Exercício:

Uma planta industrial voltada para produção de televisores coloridos, localizada na cidade de Santarém no Estado do Pará, inicia sua produção no mês de junho de 2.003 e apresenta os seguintes dados:

  1. MERCADO CONSUMIOR:
    • Todo o Brasil

  1. POLITICA DE VENDA:

    • Vendas à vista: 20% do faturamento total, com 10% de desconto sobre venda (custo efetivo de venda);
    • Venda para 30 dias, 50% do faturamento total;
    • Venda para 60 dias, 20% do faturamento total;
    • Venda para 90 dias, 10% do faturamento total;
    • Desconto bancário de 90% das vendas a prazo.

  1. POLÍTICA DE ESTOQUE:

    • 30 dias para matérias-primas;
    • 60 dias para materiais secundários;
    • Obs: na aquisição das matérias-primas a empresa recebe 30 dias para pagamento e, na aquisição de materiais secundários 60 dias,

  1. PRODUÇÃO:

    • 10.000 Televisores coloridos/mês.

  1. RECEITA DE VENDAS MENSAIS:
    • R$ 5.000.000,00

  1. CONSUMO MÉDIO MENSAL:

- Matérias-primas R$ 1.320.000,00;
    • Materiais Secundários R$ 220.000,00.





  1. CUSTOS MENSAIS:

    • Fixos ...........R$ 625.000,00
    • Variáveis .... R$ 1.840.000,00 , não estando incluído o desconto sobre vendas, nem depreciação, calculada pelo método linear sobre máquinas e equipamentos, tão pouco, juros sobre capital próprio, calculado sobre 30% dos investimentos totais, a uma taxa de 2% ao mês e juros sobre empréstimo calculado à taxa de 2% ao mês. O empréstimo a longo prazo terá 5 anos de carência para amortização, mas durante a carência serão pagos os juros.

  1. OUTRAS INFORMAÇÕES:
    • Investimento Total ...................................R$ 80.000.000,00
    • Máquinas e Equipamentos........................R$ 40.000.000.00.


PEDE-SE:

  1. Montar o Quadro de Orçamento de Recitas e Custos mensal e anual;
  2. A necessidade de Capital de Giro a custo efetivo de produção, apresentando o quadro de sua composição;
  3. Montar o Quadro de Uso e Fontes, considerando que a empresa completa suas necessidades de recursos financeiros com empréstimo de longo prazo junto ao BNDES;
  4. Calcular a Capacidade de pagamento, considerando que os custos financeiros, ou seja, os juros sobre empréstimos a longo prazo, não foram incluídos no custo operacional e que, do lucro apurado 35% se destina ao Imposto de Renda; 5% comporão a Reserva Legal e, do lucro a distribuir, 70% irão para aumento de capital; 15% para gratificação de diretores e o restante para pagamento de dividendos;
  5. Calcular o Ponto de Equilíbrio em termos de receita total;




Boa Sorte.





terça-feira, 11 de outubro de 2011

Exercício Elaboração e Avaliação de Projetos


EXERCÍCIO

Elaboração e Avaliação de Projeto
Prof: José Amado

Uma planta industrial voltada para produção de televisores coloridos, localizada na cidade de Aracaju-Se, iniciará sua produção no mês de junho de 2005, apresentando os seguintes dados:

  • Mercado Consumidor:

. Todo o Brasil
  • Política de Vendas:
. Vendas à vista 20% do faturamento total, com 10% de desconto sobre o valor da venda, que deve ser lançado como custo de produção;

. Vendas para 30 dias, 50% do faturamento total;
. Vendas para 60 dias, 20% do faturamento total;
. Vendas para 90 dias, 10% do faturamento Total;
Obs: São descontados em bancos 70% das vendas a prazo.

  • Política de Estoque:

. 30 dias para matérias-primas;
. 60 dias para materiais secundários.
Obs: Na aquisição das matérias-primas, a empresa recebe 30 dias para pagamento e para materiais secundários 60 dias.

  • Produção:

. 10.000 televisores coloridos/mês

  • Receitas de Vendas Mensais:

. R$ 5.000.000,00

  • Consumo Médio Mensal:
. Matarias - Primas R$ 1.320.000,00
. Materiais Secundários R$ 220.000,00

  • Custos Médios Mensais:

. Fixos: R$ 625.000,00
. Variáveis: R$ 220.000,00 (não incluído o desconto sobre vendas)

Obs: Não está incluído nos custos a depreciação sobre máquinas e equipamentos, calculado pelo método linear, nem juros sobre capital próprio calculados sobre 30% dos investimentos totais, a uma taxa de 2% ao mês.

  • Outras Informações;
Máquinas e Equipamentos ....................R$ 40.000.000,00
Outras Imobilizações Técnicas.............. R$ 38.000.000,00

Pede-se:

  1. Montar o quadro de Orçamento de Receitas e Custos;

  1. Montar o quadro de Usos e Fontes de Recursos, considerando que a empresa completa sua necessidade de recursos financeiros com empréstimo a longo prazo junto ao BNDES;


  1. Calcular a Capacidade de Pagamento do Projeto, chamando atenção que: do resultado operacional bruto será deduzido os juros s/ empréstimo a longo prazo, calculados a uma taxa de 12%aa e do resultado operacional líquido, 35% são destinados ao Imposto de Renda, 5% comporão a Reserva Legal e do Lucro a Distribuir, 70% irão para reserva para aumento de capital, 15% para gratificação de Diretores e o restante para pagamento de dividendos;

  1. Calcular o Ponto de Nivelação em termos percentuais;


  1. Determinar a rentabilidade do Investimento Total.



Boa Sorte.


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mercado de trabalho


Mercado de Trabalho - Estudo
Prof. José Amado

O Mercado de Trabalho é uma instituição do sistema capitalista de produção. O Mercado de Trabalho surgiu com o trabalho assalariado, que é um sistema de trabalho relativamente novo na história da humanidade. A forma de trabalho mais antiga e que mais durou na história da humanidade foi o trabalho escravo; o trabalho assalariado surge, efetivamente, com a revolução industrial e é a revolução industrial o berço do capitalismo.

Pode-se afirmar que o Sistema Capitalista de Produção depende do Mercado de Trabalho e vice-versa. Um não existe sem o outro. O Mercado de Trabalho se caracteriza pelo compra e venda de mão-de-obra. Essa compra ocorre de forma coletiva e, quase sempre, patrocinada pelo Estado. Nesse mercado são negociados salários, horário e condições de trabalho.

O Mercado de Trabalho da forma acima definido é denominado de mercado formal por seguir uma legislação que regula as relações trabalhistas e que tem o Estado como patrono. O contraponto do chamado trabalho formal e o trabalho informal, relação de trabalho que se desenvolvem sem o patrocínio do Estado e onde as leis econômicas de mercado mais se evidencia.

O tamanho do Mercado de Trabalho é uma variável dependente do tamanho da economia. Assim, quando maior a economia maior será o mercado de trabalho, ou seja, quanto maior o Produto Interno Bruto – PIB de um país maior será o mercado de trabalho. Mas o PIB é uma variável fluxo, podendo ser maior ou menor a cada ano, dependendo, portanto, da política macroeconômica.

Vale destacar que uma economia apresenta um potencial de produção e, tendo um potencial de produção, tem um potencial de emprego, pode-se assim definir produto potencial como aquele que poderia ser alcançado e sustentado usando-se eficientemente os fatores de produção no longo prazo. A economia que atinge seu nível máximo de produção, quando ela está operando a pleno emprego. Ou seja, quando não há desemprego de fatores de produção. Em uma situação contrária, ou seja, uma economia com desemprego de fatores nos conduz ao conceito de Produção Efetiva (economia operando com desemprego). A diferença entre Produto Potencial e Produto Efetivo e denominado de hiato do produto

PIB potencial – PIB efetivo = hiato do produto

Como se observa, quando maior o hiato de produto maior o desemprego de fatores de produção (recursos naturais, capital e trabalho). O tipo de desemprego que chama mais atenção é, evidentemente, o fator trabalho. Esse é, com certeza, o grande problema das economias modernas. Vários fatores são apontados para essa tendência mundial de desemprego, o que aliás já se previa desde a década de 60 do século passado, devido, especialmente, a evolução tecnologia e das técnicas de organização da produção. Mas como se acreditava á época, que o setor serviço, em especial, a industria do lazer viesse absorver a mão de obra liberada pela indústria, com, aliás, aconteceu com a agricultura. Evidentemente que o Turismo evoluiu e hoje emprega bastante, mas não o suficiente para absorver a massa de mão-de-obra liberada pela industria e, a tendência, é que a indústria continue liberando mais ainda em decorrência as técnicas de produção e da inexorável evolução tecnologia fomentada, especialmente, pela necessidade da eficiência produtiva, condição sine qua non para sobrevivência das empresas em uma economia globalizada.

É necessário, diante dessa tendência, que se busque alternativa. Na Europa já registra-se movimentos no sentido da redução de horas de trabalho, numa menor idade para aposentadoria. Mas essas medidas irão exigir toda uma reformulação (uma reengenharia) cultural e de produção, que esbarrará na própria organização capitalista de produção.


terça-feira, 31 de maio de 2011

Causas das Críses Econômicas Brasileiras - Leitura de Bresses Pereira

Economia Brasileira
Causas das Crises Econômicas Brasileiras
Leitura de Bresser Pereira


Prof. José Rodrigues Amado

Os estudos até agora levados à discussão com os senhores, apenas relatam as diversas crises econômicas vivenciadas pelo Brasil após a década de sessenta. Convém agora estudarmos as causas dessas crises.

Na análise das causas vamos nos guiar por duas linhas de pensamento econômico que, além de buscar identificar as causas das crises, também propõem soluções. As linhas de análise das crises econômicas são a neoliberal e a baseada na crise do Estado, também chamada por se criador, Bresser Pereira, de estratégia da social democracia pragmática.

Identificam-se entre uma e outra linha alguma identidade. Ambas baseiam-se no que chamam de populismo nacionalista – crescimento ou fortalecimento do estado, mas discordam quanto á causa básica das crises e da forma como resolvê-las.

Os neoliberais entendem que a causas das crises tem origem exclusivamente interna e são originárias por problemas domésticos – crescimento exagerado do estado. Enquanto os que analisam através da ótica da crise do Estado entendem que além do crescimento equivocado do estado - causa de seu enfraquecimento, soma-se à crise da divida externa.

Nas propostas de solução, ambas concordam ser necessário reduzir o tamanho do estado através da privatização e liberar a economia (princípios neoclássicos). Mas os que defendem a abordagem neoclássica colocam com essencial o estado mínimo, ou seja, o estado sem nenhuma ação coordenadora sobre o mercado. Enquanto, os seguidores da abordagem da crise do estado desejam manter o estado como coordenador, porém, fortalecido através de uma reforma fiscal para que ele recupere a sua capacidade de ação.

Na analise interpretativa das crises econômicas vividas pelo Brasil na visão dos seguidores da abordagem da crise do estado, entendem que origem dos problemas econômicos atuais esta, exatamente, na permanência da política de substituição de importação quando este modelo de crescimento já estava esgotado. A persistência em continuar com a política de crescimento econômica com base na intromissão do estado no sistema econômico o levou ao endividamento e à falência, quando a taxas de juros internacionais elevaram-se com a crise americana de 1982.

Com a falência do estado, a pratica da política populista foi inviabilizada e o país procurou um ajustamento através da redução de salários e do consumo interno, adotando reformas econômicas voltadas para o mercado. Mas o peso do juro da dívida externa era grande e o país não teve condições de se ajustar adequadamente.

Segundo Bresser Pereira, a crise fiscal do estado brasileiro, como dos demais países latino- americanos, apresenta cinco ingredientes distintos: 1 – déficit público; 2 – poupança publica negativa; 3 – divida interna e externa excessiva; 4 – falta de credito do Estado expressa na falta de confiança da moeda nacional e 5) falta de credibilidade no governo.

Na análise de Bresser Pereira o déficit público e a poupança insuficiente são componentes do fluxo da crise fiscal, enquanto o tamanho da dívida pública interna ou externa é um componente do estoque. O país pode ter um déficit público elevado e uma dívida publica também elevada, sem que o estado perca seu credito e o governo perca sua credibilidade, como é o caso dos Estados Unidos e da Itália. A falta de credito público é causado pela crise fiscal. É a crise fiscal é causa da falta de confiança dos agentes econômicos, o estado perde a capacidade de sustentação da moeda, levando o país a hiperinflação.

O componente fundamental da crise fiscal não é o déficit público, mas a poupança negativa. Poupanças públicas negativas são as causas principais da baixa taxa de investimento e da estagnação da renda per capita.

Poupança Pública Sg é igual à receita corrente do estado (T) menos os gastos correntes (Cg), no qual se inclui gastos com pagamentos de juros.

Sg = T – Cg

O conceito de poupança pública é diferente de déficit público (Dg) que é igual a receita corrente do Estado menos todas as despesas inclusive investimentos (Ig), que corresponde ao crescimento da dívida pública:

Dg = T – Cg – Ig

Os investimentos públicos são financiados e pela poupança pública e déficits públicos.

Ig = Sg + Dg

Nessa análise Bresser Pereira destaca a poupança publica como elemento fundamental de analise econômica, em especial na análise de país com crise fiscal. Destaca que os investimentos públicos em setores que são especificamente da responsabilidade do estado e aqueles que o estado deve assumir para elevar a competitividade de sua economia, só podem ocorrer havendo poupança publica positiva, quando a poupança pública e nula, esses investimentos só ocorrem com déficit público.

Assim, um país que busque resolver sua crise fiscal, mas que apresente poupança pública nula perderá toda sua capacidade de investimento, mas se mesmo assim investir, só o fará com déficit público aumentando seu endividamento reduzindo a inda mais a disponibilidade de credito para financia-lo, elevando crescentemente os juros sobre os empréstimos, inviabilizando, por conseguinte, a capacidade de promoção de políticas de crescimento econômico. Assim, a falta de poupança pública paralisará o estado, determinando uma crise fiscal, levando a economia à estagnação.

Destaca Bresser Pereira que a origem da crise do Brasil e dos países latino-americanos não reside, como pensam o grupo do consenso de Washington, no política populista, mas na política desenvolvimentista dos anos 70 (período do regime militar) que, para financiar o crescimento econômico assumira uma enorme dívida externa, transformado-a em seguida em responsabilidade do Estado. Justificando sua assertiva Bresser Pereira destaca o crescimento colombiano nos anos 80, creditando-o ao baixo nível de sua divida externa.



CRISE FISCAL BRASILEIRA


Financiamento do Desenvolvimento

Tomando como parâmetro os anos 70, verifica-se que o crescimento econômico ocorrido nessa década deveu-se ao financiamento externo e estatal, como em geral corre nos primeiros estágios de qualquer processo de desenvolvimento econômico. Considerando o período de 1974 a l976 verifica-se que poupança externa correspondia a 32% do total da poupança do país e o financiamento estatal era responsável por 30% do total dos investimentos.

Chama-se atenção que esse financiamento estatal de 30% refere-se exclusivamente a financiamento direto, o que leva crer que tenha sido bem maior, pois não se estar considerando os subsídios que neste período era bastante significativo. Bresser Pereira afirmar que esse percentual é no mínimo o dobro, chegando a alcançar algo em torno de 7% do PIB.

Esse alto nível de investimento estatal deixou de ocorrer após 1979, quando as novas dúvidas externas eram usadas para costear o pagamento dos juros da dívida. As dificuldades para novos investimentos produtivos agravam-se com a redução da entrada de recursos externos que, a partir de 1983, passou a ser negativo.

Esta situação praticamente exauriu com a capacidade estatal de investimento durante os anos 80. Os investimentos públicos ocorridos após este ano deram-se por aumento do déficit público.

A deterioração da capacidade de investimento estatal ocorrida no período pode ser assim resumida: 1) diminuição da capacidade do estado realizar poupança forçada; 2) diminuição da carga tributária; 3) diminuição da taxa de lucro das empresas pela recessão econômica e pela política de controle de preço.

Anos 80

O Brasil entra nos anos 80, com uma dívida interna incluindo a dívida das empresas estatais, correspondente a 41,8% do PIB em 1985. Destaca-se, entretanto, que o setor privado estava capitalizado. Sua dívida caiu de 57,1% em 1981 para 46,3 em 1985 e ainda apresentava capacidade ociosa. Essa situação permitiria ao Estado elevar a carga tributária e transferir recursos do setor privado para o setor público. Isso, entretanto, não ocorreu, tendo o Estado optado pelo caminho da privatização.

Nos anos 80 foi caracterizada pelas elevadas taxas de inflação e pela quebra da trajetória de crescimento econômico elevado. Em 1988 e 1990 o crescimento do PIB foi negativo e nos anos anteriores foi muito pequeno. A renda per capita de 1988 era inferior a de 1980. Esse quadro recessivo é creditado ao esforço de ajustamento do país após a crise da dívida externa ( 1982).

A crise dos anos 80 não apenas é creditada à crise da dívida externa mais ao retorno do populismo econômico com a ascensão ao poder dos civis.

Da Crise Fiscal à Hiperinflação

Os países que sofreram processo hiper-inflacionário, de modo geral, houveram sofrido traumas de guerra, a exemplo da Alemanha. Mas o Brasil, não obstante não ter vivido nenhuma guerra, tão pouco ter assumido nenhuma responsabilidade internacional de reparação de guerra, assumira compromissos que se equivalem a uma reparação.

Com a crise da dívida, os choques do Petróleo e o fechamento do mercado financeiro internacional para novos empréstimos, somado o pagamento de amortizações de empréstimo e de juros representou uma transferência recursos internos para o exterior correspondente a algo entorno de 4 a 5% do PIB.

Essa situação inviabilizou a capacidade do país em investir em sua economia. A taxa de reinvestimento que era em 1970 em torno de 22% do PIB caia para 17% nos anos 80. A dívida interna alcançou 50% do PIP e o país passou a financiar seu déficit público no mercado de overnight. O estado brasileiro estava inviabilizado e agravado com a política populista que ascendera ao poder em 1985.

Considerando o perfil política da época é de se supor que o financiamento público foi realizado por processo inflacionário e, foi, de fato, o que ocorreu. O país entrou os anos noventa amargando uma hiper-inflação que alcançou 73% em fevereiro, 84% em março. Mas, a indexação da economia amortecia o efeito inflacionário que crescia por patamares cada vez mais elevados e que eram segurados durante algum tempo pelos pacotes econômicos e controles de preços, retornando em seguida mais forte ainda.

Em 1986 é lançado o Plano Cruzado, introduzindo uma nova moeda – o cruzado e estabelecendo o congelamento de preços e introduzindo um gatilho para os salários, que seria acionado toda vez que a inflação alcançasse 20%. O plano recebeu um grande apoio popular, especialmente por congelar os preços e, talvez, tenha sido essa medida o grande erro do plano que logrou êxito, reduzindo abruptamente a inflação, mas suas medidas fizeram expandir a demanda agregada pelo aumento real do salário que, em face do congelamento dos preços, não foi compensado com a elevação da oferta, desencadeando a escassez e a cobrança de ágio na compra de determinados bens.

O governo buscando desaquecer as demanda impôs algumas medidas como o aumento de juros para o credito ao consumo e o estabelecimento de empréstimos compulsório sobre o consumo de gasolina, compra de automóveis e viagens interacionais, por outro lado, buscando fortalecer a oferta, reduziu os juros para ao produtor. Essas medidas, entretanto não surtiram o efeito desejado e, 1987 rompeu-se o controle de preço, elevou-se a inflação e os salários passou ater reajuste quase que mensal. Encerra-se o Plano Cruzado deixando, entretanto os agentes econômicos mais desconfiados e toda vez que a inflação se elevava, temendo um novo congelamento, adotavam medidas preventivas que elevam ainda mais a inflação.

Surge assim a chamada inflação inercial e a realimentação automática da inflação. O governo com dificuldade de financiar seu déficit, oferece maiores compensações com a elevação das taxas de juros. Mas, mesmas com taxas de juros alta havia dificuldades na colocação dos títulos públicos, levando o governo a suspender, em 1989, o pagamentos dos juros externos.








Economia Brasileira
Causas das Crises Econômicas Brasileiras
Leitura de Bresser Pereira


Prof. José Rodrigues Amado

Os estudos até agora levados à discussão com os senhores, apenas relatam as diversas crises econômicas vivenciadas pelo Brasil após a década de sessenta. Convém agora estudarmos as causas dessas crises.

Na análise das causas vamos nos guiar por duas linhas de pensamento econômico que, além de buscar identificar as causas das crises, também propõem soluções. As linhas de análise das crises econômicas são a neoliberal e a baseada na crise do Estado, também chamada por se criador, Bresser Pereira, de estratégia da social democracia pragmática.

Identificam-se entre uma e outra linha alguma identidade. Ambas baseiam-se no que chamam de populismo nacionalista – crescimento ou fortalecimento do estado, mas discordam quanto á causa básica das crises e da forma como resolvê-las.

Os neoliberais entendem que a causas das crises tem origem exclusivamente interna e são originárias por problemas domésticos – crescimento exagerado do estado. Enquanto os que analisam através da ótica da crise do Estado entendem que além do crescimento equivocado do estado - causa de seu enfraquecimento, soma-se à crise da divida externa.

Nas propostas de solução, ambas concordam ser necessário reduzir o tamanho do estado através da privatização e liberar a economia (princípios neoclássicos). Mas os que defendem a abordagem neoclássica colocam com essencial o estado mínimo, ou seja, o estado sem nenhuma ação coordenadora sobre o mercado. Enquanto, os seguidores da abordagem da crise do estado desejam manter o estado como coordenador, porém, fortalecido através de uma reforma fiscal para que ele recupere a sua capacidade de ação.

Na analise interpretativa das crises econômicas vividas pelo Brasil na visão dos seguidores da abordagem da crise do estado, entendem que origem dos problemas econômicos atuais esta, exatamente, na permanência da política de substituição de importação quando este modelo de crescimento já estava esgotado. A persistência em continuar com a política de crescimento econômica com base na intromissão do estado no sistema econômico o levou ao endividamento e à falência, quando a taxas de juros internacionais elevaram-se com a crise americana de 1982.

Com a falência do estado, a pratica da política populista foi inviabilizada e o país procurou um ajustamento através da redução de salários e do consumo interno, adotando reformas econômicas voltadas para o mercado. Mas o peso do juro da dívida externa era grande e o país não teve condições de se ajustar adequadamente.

Segundo Bresser Pereira, a crise fiscal do estado brasileiro, como dos demais países latino- americanos, apresenta cinco ingredientes distintos: 1 – déficit público; 2 – poupança publica negativa; 3 – divida interna e externa excessiva; 4 – falta de credito do Estado expressa na falta de confiança da moeda nacional e 5) falta de credibilidade no governo.

Na análise de Bresser Pereira o déficit público e a poupança insuficiente são componentes do fluxo da crise fiscal, enquanto o tamanho da dívida pública interna ou externa é um componente do estoque. O país pode ter um déficit público elevado e uma dívida publica também elevada, sem que o estado perca seu credito e o governo perca sua credibilidade, como é o caso dos Estados Unidos e da Itália. A falta de credito público é causado pela crise fiscal. É a crise fiscal é causa da falta de confiança dos agentes econômicos, o estado perde a capacidade de sustentação da moeda, levando o país a hiperinflação.

O componente fundamental da crise fiscal não é o déficit público, mas a poupança negativa. Poupanças públicas negativas são as causas principais da baixa taxa de investimento e da estagnação da renda per capita.

Poupança Pública Sg é igual à receita corrente do estado (T) menos os gastos correntes (Cg), no qual se inclui gastos com pagamentos de juros.

Sg = T – Cg

O conceito de poupança pública é diferente de déficit público (Dg) que é igual a receita corrente do Estado menos todas as despesas inclusive investimentos (Ig), que corresponde ao crescimento da dívida pública:

Dg = T – Cg – Ig

Os investimentos públicos são financiados e pela poupança pública e déficits públicos.

Ig = Sg + Dg

Nessa análise Bresser Pereira destaca a poupança publica como elemento fundamental de analise econômica, em especial na análise de país com crise fiscal. Destaca que os investimentos públicos em setores que são especificamente da responsabilidade do estado e aqueles que o estado deve assumir para elevar a competitividade de sua economia, só podem ocorrer havendo poupança publica positiva, quando a poupança pública e nula, esses investimentos só ocorrem com déficit público.

Assim, um país que busque resolver sua crise fiscal, mas que apresente poupança pública nula perderá toda sua capacidade de investimento, mas se mesmo assim investir, só o fará com déficit público aumentando seu endividamento reduzindo a inda mais a disponibilidade de credito para financia-lo, elevando crescentemente os juros sobre os empréstimos, inviabilizando, por conseguinte, a capacidade de promoção de políticas de crescimento econômico. Assim, a falta de poupança pública paralisará o estado, determinando uma crise fiscal, levando a economia à estagnação.

Destaca Bresser Pereira que a origem da crise do Brasil e dos países latino-americanos não reside, como pensam o grupo do consenso de Washington, no política populista, mas na política desenvolvimentista dos anos 70 (período do regime militar) que, para financiar o crescimento econômico assumira uma enorme dívida externa, transformado-a em seguida em responsabilidade do Estado. Justificando sua assertiva Bresser Pereira destaca o crescimento colombiano nos anos 80, creditando-o ao baixo nível de sua divida externa.



CRISE FISCAL BRASILEIRA


Financiamento do Desenvolvimento

Tomando como parâmetro os anos 70, verifica-se que o crescimento econômico ocorrido nessa década deveu-se ao financiamento externo e estatal, como em geral corre nos primeiros estágios de qualquer processo de desenvolvimento econômico. Considerando o período de 1974 a l976 verifica-se que poupança externa correspondia a 32% do total da poupança do país e o financiamento estatal era responsável por 30% do total dos investimentos.

Chama-se atenção que esse financiamento estatal de 30% refere-se exclusivamente a financiamento direto, o que leva crer que tenha sido bem maior, pois não se estar considerando os subsídios que neste período era bastante significativo. Bresser Pereira afirmar que esse percentual é no mínimo o dobro, chegando a alcançar algo em torno de 7% do PIB.

Esse alto nível de investimento estatal deixou de ocorrer após 1979, quando as novas dúvidas externas eram usadas para costear o pagamento dos juros da dívida. As dificuldades para novos investimentos produtivos agravam-se com a redução da entrada de recursos externos que, a partir de 1983, passou a ser negativo.

Esta situação praticamente exauriu com a capacidade estatal de investimento durante os anos 80. Os investimentos públicos ocorridos após este ano deram-se por aumento do déficit público.

A deterioração da capacidade de investimento estatal ocorrida no período pode ser assim resumida: 1) diminuição da capacidade do estado realizar poupança forçada; 2) diminuição da carga tributária; 3) diminuição da taxa de lucro das empresas pela recessão econômica e pela política de controle de preço.

Anos 80

O Brasil entra nos anos 80, com uma dívida interna incluindo a dívida das empresas estatais, correspondente a 41,8% do PIB em 1985. Destaca-se, entretanto, que o setor privado estava capitalizado. Sua dívida caiu de 57,1% em 1981 para 46,3 em 1985 e ainda apresentava capacidade ociosa. Essa situação permitiria ao Estado elevar a carga tributária e transferir recursos do setor privado para o setor público. Isso, entretanto, não ocorreu, tendo o Estado optado pelo caminho da privatização.

Nos anos 80 foi caracterizada pelas elevadas taxas de inflação e pela quebra da trajetória de crescimento econômico elevado. Em 1988 e 1990 o crescimento do PIB foi negativo e nos anos anteriores foi muito pequeno. A renda per capita de 1988 era inferior a de 1980. Esse quadro recessivo é creditado ao esforço de ajustamento do país após a crise da dívida externa ( 1982).

A crise dos anos 80 não apenas é creditada à crise da dívida externa mais ao retorno do populismo econômico com a ascensão ao poder dos civis.

Da Crise Fiscal à Hiperinflação

Os países que sofreram processo hiper-inflacionário, de modo geral, houveram sofrido traumas de guerra, a exemplo da Alemanha. Mas o Brasil, não obstante não ter vivido nenhuma guerra, tão pouco ter assumido nenhuma responsabilidade internacional de reparação de guerra, assumira compromissos que se equivalem a uma reparação.

Com a crise da dívida, os choques do Petróleo e o fechamento do mercado financeiro internacional para novos empréstimos, somado o pagamento de amortizações de empréstimo e de juros representou uma transferência recursos internos para o exterior correspondente a algo entorno de 4 a 5% do PIB.

Essa situação inviabilizou a capacidade do país em investir em sua economia. A taxa de reinvestimento que era em 1970 em torno de 22% do PIB caia para 17% nos anos 80. A dívida interna alcançou 50% do PIP e o país passou a financiar seu déficit público no mercado de overnight. O estado brasileiro estava inviabilizado e agravado com a política populista que ascendera ao poder em 1985.

Considerando o perfil política da época é de se supor que o financiamento público foi realizado por processo inflacionário e, foi, de fato, o que ocorreu. O país entrou os anos noventa amargando uma hiper-inflação que alcançou 73% em fevereiro, 84% em março. Mas, a indexação da economia amortecia o efeito inflacionário que crescia por patamares cada vez mais elevados e que eram segurados durante algum tempo pelos pacotes econômicos e controles de preços, retornando em seguida mais forte ainda.

Em 1986 é lançado o Plano Cruzado, introduzindo uma nova moeda – o cruzado e estabelecendo o congelamento de preços e introduzindo um gatilho para os salários, que seria acionado toda vez que a inflação alcançasse 20%. O plano recebeu um grande apoio popular, especialmente por congelar os preços e, talvez, tenha sido essa medida o grande erro do plano que logrou êxito, reduzindo abruptamente a inflação, mas suas medidas fizeram expandir a demanda agregada pelo aumento real do salário que, em face do congelamento dos preços, não foi compensado com a elevação da oferta, desencadeando a escassez e a cobrança de ágio na compra de determinados bens.

O governo buscando desaquecer as demanda impôs algumas medidas como o aumento de juros para o credito ao consumo e o estabelecimento de empréstimos compulsório sobre o consumo de gasolina, compra de automóveis e viagens interacionais, por outro lado, buscando fortalecer a oferta, reduziu os juros para ao produtor. Essas medidas, entretanto não surtiram o efeito desejado e, 1987 rompeu-se o controle de preço, elevou-se a inflação e os salários passou ater reajuste quase que mensal. Encerra-se o Plano Cruzado deixando, entretanto os agentes econômicos mais desconfiados e toda vez que a inflação se elevava, temendo um novo congelamento, adotavam medidas preventivas que elevam ainda mais a inflação.

Surge assim a chamada inflação inercial e a realimentação automática da inflação. O governo com dificuldade de financiar seu déficit, oferece maiores compensações com a elevação das taxas de juros. Mas, mesmas com taxas de juros alta havia dificuldades na colocação dos títulos públicos, levando o governo a suspender, em 1989, o pagamentos dos juros externos.






Economia Brasileira
Causas das Crises Econômicas Brasileiras
Leitura de Bresser Pereira


Prof. José Rodrigues Amado

Os estudos até agora levados à discussão com os senhores, apenas relatam as diversas crises econômicas vivenciadas pelo Brasil após a década de sessenta. Convém agora estudarmos as causas dessas crises.

Na análise das causas vamos nos guiar por duas linhas de pensamento econômico que, além de buscar identificar as causas das crises, também propõem soluções. As linhas de análise das crises econômicas são a neoliberal e a baseada na crise do Estado, também chamada por se criador, Bresser Pereira, de estratégia da social democracia pragmática.

Identificam-se entre uma e outra linha alguma identidade. Ambas baseiam-se no que chamam de populismo nacionalista – crescimento ou fortalecimento do estado, mas discordam quanto á causa básica das crises e da forma como resolvê-las.

Os neoliberais entendem que a causas das crises tem origem exclusivamente interna e são originárias por problemas domésticos – crescimento exagerado do estado. Enquanto os que analisam através da ótica da crise do Estado entendem que além do crescimento equivocado do estado - causa de seu enfraquecimento, soma-se à crise da divida externa.

Nas propostas de solução, ambas concordam ser necessário reduzir o tamanho do estado através da privatização e liberar a economia (princípios neoclássicos). Mas os que defendem a abordagem neoclássica colocam com essencial o estado mínimo, ou seja, o estado sem nenhuma ação coordenadora sobre o mercado. Enquanto, os seguidores da abordagem da crise do estado desejam manter o estado como coordenador, porém, fortalecido através de uma reforma fiscal para que ele recupere a sua capacidade de ação.

Na analise interpretativa das crises econômicas vividas pelo Brasil na visão dos seguidores da abordagem da crise do estado, entendem que origem dos problemas econômicos atuais esta, exatamente, na permanência da política de substituição de importação quando este modelo de crescimento já estava esgotado. A persistência em continuar com a política de crescimento econômica com base na intromissão do estado no sistema econômico o levou ao endividamento e à falência, quando a taxas de juros internacionais elevaram-se com a crise americana de 1982.

Com a falência do estado, a pratica da política populista foi inviabilizada e o país procurou um ajustamento através da redução de salários e do consumo interno, adotando reformas econômicas voltadas para o mercado. Mas o peso do juro da dívida externa era grande e o país não teve condições de se ajustar adequadamente.

Segundo Bresser Pereira, a crise fiscal do estado brasileiro, como dos demais países latino- americanos, apresenta cinco ingredientes distintos: 1 – déficit público; 2 – poupança publica negativa; 3 – divida interna e externa excessiva; 4 – falta de credito do Estado expressa na falta de confiança da moeda nacional e 5) falta de credibilidade no governo.

Na análise de Bresser Pereira o déficit público e a poupança insuficiente são componentes do fluxo da crise fiscal, enquanto o tamanho da dívida pública interna ou externa é um componente do estoque. O país pode ter um déficit público elevado e uma dívida publica também elevada, sem que o estado perca seu credito e o governo perca sua credibilidade, como é o caso dos Estados Unidos e da Itália. A falta de credito público é causado pela crise fiscal. É a crise fiscal é causa da falta de confiança dos agentes econômicos, o estado perde a capacidade de sustentação da moeda, levando o país a hiperinflação.

O componente fundamental da crise fiscal não é o déficit público, mas a poupança negativa. Poupanças públicas negativas são as causas principais da baixa taxa de investimento e da estagnação da renda per capita.

Poupança Pública Sg é igual à receita corrente do estado (T) menos os gastos correntes (Cg), no qual se inclui gastos com pagamentos de juros.

Sg = T – Cg

O conceito de poupança pública é diferente de déficit público (Dg) que é igual a receita corrente do Estado menos todas as despesas inclusive investimentos (Ig), que corresponde ao crescimento da dívida pública:

Dg = T – Cg – Ig

Os investimentos públicos são financiados e pela poupança pública e déficits públicos.

Ig = Sg + Dg

Nessa análise Bresser Pereira destaca a poupança publica como elemento fundamental de analise econômica, em especial na análise de país com crise fiscal. Destaca que os investimentos públicos em setores que são especificamente da responsabilidade do estado e aqueles que o estado deve assumir para elevar a competitividade de sua economia, só podem ocorrer havendo poupança publica positiva, quando a poupança pública e nula, esses investimentos só ocorrem com déficit público.

Assim, um país que busque resolver sua crise fiscal, mas que apresente poupança pública nula perderá toda sua capacidade de investimento, mas se mesmo assim investir, só o fará com déficit público aumentando seu endividamento reduzindo a inda mais a disponibilidade de credito para financia-lo, elevando crescentemente os juros sobre os empréstimos, inviabilizando, por conseguinte, a capacidade de promoção de políticas de crescimento econômico. Assim, a falta de poupança pública paralisará o estado, determinando uma crise fiscal, levando a economia à estagnação.

Destaca Bresser Pereira que a origem da crise do Brasil e dos países latino-americanos não reside, como pensam o grupo do consenso de Washington, no política populista, mas na política desenvolvimentista dos anos 70 (período do regime militar) que, para financiar o crescimento econômico assumira uma enorme dívida externa, transformado-a em seguida em responsabilidade do Estado. Justificando sua assertiva Bresser Pereira destaca o crescimento colombiano nos anos 80, creditando-o ao baixo nível de sua divida externa.



CRISE FISCAL BRASILEIRA


Financiamento do Desenvolvimento

Tomando como parâmetro os anos 70, verifica-se que o crescimento econômico ocorrido nessa década deveu-se ao financiamento externo e estatal, como em geral corre nos primeiros estágios de qualquer processo de desenvolvimento econômico. Considerando o período de 1974 a l976 verifica-se que poupança externa correspondia a 32% do total da poupança do país e o financiamento estatal era responsável por 30% do total dos investimentos.

Chama-se atenção que esse financiamento estatal de 30% refere-se exclusivamente a financiamento direto, o que leva crer que tenha sido bem maior, pois não se estar considerando os subsídios que neste período era bastante significativo. Bresser Pereira afirmar que esse percentual é no mínimo o dobro, chegando a alcançar algo em torno de 7% do PIB.

Esse alto nível de investimento estatal deixou de ocorrer após 1979, quando as novas dúvidas externas eram usadas para costear o pagamento dos juros da dívida. As dificuldades para novos investimentos produtivos agravam-se com a redução da entrada de recursos externos que, a partir de 1983, passou a ser negativo.

Esta situação praticamente exauriu com a capacidade estatal de investimento durante os anos 80. Os investimentos públicos ocorridos após este ano deram-se por aumento do déficit público.

A deterioração da capacidade de investimento estatal ocorrida no período pode ser assim resumida: 1) diminuição da capacidade do estado realizar poupança forçada; 2) diminuição da carga tributária; 3) diminuição da taxa de lucro das empresas pela recessão econômica e pela política de controle de preço.

Anos 80

O Brasil entra nos anos 80, com uma dívida interna incluindo a dívida das empresas estatais, correspondente a 41,8% do PIB em 1985. Destaca-se, entretanto, que o setor privado estava capitalizado. Sua dívida caiu de 57,1% em 1981 para 46,3 em 1985 e ainda apresentava capacidade ociosa. Essa situação permitiria ao Estado elevar a carga tributária e transferir recursos do setor privado para o setor público. Isso, entretanto, não ocorreu, tendo o Estado optado pelo caminho da privatização.

Nos anos 80 foi caracterizada pelas elevadas taxas de inflação e pela quebra da trajetória de crescimento econômico elevado. Em 1988 e 1990 o crescimento do PIB foi negativo e nos anos anteriores foi muito pequeno. A renda per capita de 1988 era inferior a de 1980. Esse quadro recessivo é creditado ao esforço de ajustamento do país após a crise da dívida externa ( 1982).

A crise dos anos 80 não apenas é creditada à crise da dívida externa mais ao retorno do populismo econômico com a ascensão ao poder dos civis.

Da Crise Fiscal à Hiperinflação

Os países que sofreram processo hiper-inflacionário, de modo geral, houveram sofrido traumas de guerra, a exemplo da Alemanha. Mas o Brasil, não obstante não ter vivido nenhuma guerra, tão pouco ter assumido nenhuma responsabilidade internacional de reparação de guerra, assumira compromissos que se equivalem a uma reparação.

Com a crise da dívida, os choques do Petróleo e o fechamento do mercado financeiro internacional para novos empréstimos, somado o pagamento de amortizações de empréstimo e de juros representou uma transferência recursos internos para o exterior correspondente a algo entorno de 4 a 5% do PIB.

Essa situação inviabilizou a capacidade do país em investir em sua economia. A taxa de reinvestimento que era em 1970 em torno de 22% do PIB caia para 17% nos anos 80. A dívida interna alcançou 50% do PIP e o país passou a financiar seu déficit público no mercado de overnight. O estado brasileiro estava inviabilizado e agravado com a política populista que ascendera ao poder em 1985.

Considerando o perfil política da época é de se supor que o financiamento público foi realizado por processo inflacionário e, foi, de fato, o que ocorreu. O país entrou os anos noventa amargando uma hiper-inflação que alcançou 73% em fevereiro, 84% em março. Mas, a indexação da economia amortecia o efeito inflacionário que crescia por patamares cada vez mais elevados e que eram segurados durante algum tempo pelos pacotes econômicos e controles de preços, retornando em seguida mais forte ainda.

Em 1986 é lançado o Plano Cruzado, introduzindo uma nova moeda – o cruzado e estabelecendo o congelamento de preços e introduzindo um gatilho para os salários, que seria acionado toda vez que a inflação alcançasse 20%. O plano recebeu um grande apoio popular, especialmente por congelar os preços e, talvez, tenha sido essa medida o grande erro do plano que logrou êxito, reduzindo abruptamente a inflação, mas suas medidas fizeram expandir a demanda agregada pelo aumento real do salário que, em face do congelamento dos preços, não foi compensado com a elevação da oferta, desencadeando a escassez e a cobrança de ágio na compra de determinados bens.

O governo buscando desaquecer as demanda impôs algumas medidas como o aumento de juros para o credito ao consumo e o estabelecimento de empréstimos compulsório sobre o consumo de gasolina, compra de automóveis e viagens interacionais, por outro lado, buscando fortalecer a oferta, reduziu os juros para ao produtor. Essas medidas, entretanto não surtiram o efeito desejado e, 1987 rompeu-se o controle de preço, elevou-se a inflação e os salários passou ater reajuste quase que mensal. Encerra-se o Plano Cruzado deixando, entretanto os agentes econômicos mais desconfiados e toda vez que a inflação se elevava, temendo um novo congelamento, adotavam medidas preventivas que elevam ainda mais a inflação.

Surge assim a chamada inflação inercial e a realimentação automática da inflação. O governo com dificuldade de financiar seu déficit, oferece maiores compensações com a elevação das taxas de juros. Mas, mesmas com taxas de juros alta havia dificuldades na colocação dos títulos públicos, levando o governo a suspender, em 1989, o pagamentos dos juros externos.